- No exterior, "métodos ágeis é coisa para gente experiente"! Enquanto por aqui falam que isso é coisa de "gurizada", por lá muitos dos palestrantes tinham cabelo branco ... sem contar que a maioria foi ou é líder de grandes empresas. Tive o prazer de conhecer pessoalmente um dos ex-engenheiros de software do projeto Apolo (NASA, anos 60), Mr. Jim Highsmith (atual diretor do Cutter Consortium). Sem contar com os demais gurus que lá estavam presentes ...
- Enquanto no Brasil quem vai nesses eventos são alunos e pessoas sem muito poder de decisão, por lá tivemos a oportunidade de sentar à mesa com gerentes e diretores da Microsoft, HP, Motorola, American Airlines, Disney, Amazon.com, ThoughtWorks, governo americano e muitas outras grandes empresas ...
- Enquanto no Brasil a grande maioria ainda está pensando se as metodologias ágeis realmente funcionam, por lá o que mais ouvimos foram relatos de projetos com equipes distribuídas em diversos continentes, todos com milhares de profissionais alocados nas mais diferentes partes e culturas do planeta. Ouvimos relatos de um projeto de "agilização" de uma empresa asiática com aproximadamente 40.000 profissionais ... não conheço empresa brasileira que tenha tudo isso!
- O modelo de gestão da Toyota (Lean) é a tendência para a grande maioria das organizações que adotam agile. Scrum e XP continuam em alta, mas é muito mais fácil adotar as práticas de gestão de times do Scrum num primeiro momento do que toda a disciplina de engenharia de software demandada pela XP. O que tem que ficar claro é que as práticas da XP acabam se tornando um caminho natural quando um time Scrum atinge seu máximo de desempenho e Lean tem que estar no sangue dos gestores e cultura da empresa ...
- Grandes empresas de fornecimento de serviços de software, totalmente baseadas nos princípios e práticas ágeis, já estão recusando projetos de milhões de dólares quando os mesmos estão sendo demandados com a utilização de metodologias tradicionais. O sucesso do projeto e a satisfação de todos os seus integrantes é mais importante do que a receita obtida associado ao risco do fracasso, pois o desenvolvimento ágil está mostrando maior lucratividade e fidelidade do cliente.
- "Coaching" é assunto sério! Assim como não é comum vermos atletas profissionais de elite treinando sem a supervisão de um excelente técnico (somente amadores treinam sem supervisão técnica), empresas de alto desempenho fazem uso indiscriminado de profissionais experientes estimulando o aprimoramento técnico de novas equipes.
- Não conseguimos falar de planejamento desacoplado da análise de requisitos. Além disso, como o foco das metodologias ágeis sempre foi a agregação de valor ao negócio do cliente, cada vez mais é demandada uma competência em análise de negócios para todos os integrantes da equipe de desenvolvimento envolvidos no desenvolvimento de requisitos.
- Representantes do PMI internacional estavam em peso no congresso, uma vez que a estratégia internacional é orientar os PMPs a aderirem a práticas que realmente funcionam em projetos de software: processo criativo e desenvolvimento orientado a auto-gestão da equipe de desenvolvimento (comunicação e liderança). Nossos PMPs terão que "se puxar" para encarar essa ...
- Agile 2009 (Chicago): US$ 1.800,00 de inscrição, recursos da ordem dos US$ 1,5 milhões, 1.500 participantes ... Agiles 2009 (Florianópolis): muitos dos palestrantes nacionais e internacionais do Agile Chicago, R$ 100,00 de inscrição, recursos da ordem dos R$ 100K, e se der 400 participantes é muito! Realmente, a nossa realidade é outra ... ;-(
- Quanto aos brasileiros falando em Chicago? Nos saimos muito bem (eu, Rafael, Alexandre, Danilo e Francisco) com nossas palestras e workshops! Ficou claro que estamos fazendo muito bem nosso dever de casa (como consultores e instrutores) e estamos cada vez mais sendo respeitados pela comunidade internacional ... só falta nosso mercado nacional perceber que "santos de casa podem fazer milagres" ... ;-)
Para mim, as metodologias ágeis serão disseminadas em nosso país quando ensinarmos nossos clientes (compradores de projetos de software), a questionarem os desperdícios existentes nos processos de seus fornecedores e avaliarem de forma objetiva a qualidade dos produtos a eles fornecidos.
Para quem não pode comparecer, confira uma matéria bem legal em vídeo feita pelo pessoal da Agile Journal.
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